segunda-feira, 4 de março de 2013

Estranho conhecido




De tão breve o nosso encontro notei quão volátil a nossa história...
 Ao seu lado vi que nada sei, a rádio que tocava eu não conheço, tua banda predileta, o perfume que usas, onde vais aos domingos, eu nada sei...
Pra que? Se tínhamos o conhecimento do que nos era necessário... do que queríamos... Sabia teus gostos, sabias o que eu queria... Tua mão parecia já conhecer cada pedaço de mim... Teu gosto me pareceu familiar aos lábios...
Uma vontade, um capricho, um fetiche que nos trouxe um para o outro...
E fomos nos tornando distantes próximos
No desejo éramos dois estranhos conhecidos... 
Então nos foi permitido... E conseguiste superar-te a ti mesmo nas minhas fantasias... Meu... Tua... Nosso... Nós... 
De tudo que quero isso não foi nem o começo... Não te quero à prestações... Porque não aguento esperar quando é por você... Não sei dividir quando o homem é você... Te quero sempre, te quero aqui...


quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Tua



Entrou sem pedir licença, tirou tudo do lugar, fez o que quis fazer, agora sou parte dos teus caprichos...

Me tens mulher, troféu, refúgio, tua...

No pulsar das nossas vontades, a incerteza do amanhã, mas a necessidade do agora...

O tempo curto pra tamanho desejo, o tempo longo da amarga espera...

Sem ordem, sem educação faz de mim o que bem quer

Vem e me bagunça a vida, me marca o corpo, me rouba o fôlego...

Sabe de mim o que nem eu mesma conhecia...

Desperta em mim o que talvez nem fosse intenção

No pulsar das nossas vontades, a incerteza do que seria correto, mas a necessidade de nós dois...

E de repente vai embora, sem olhar pra trás

Estou inerte à tudo... Não tenho escolha...

Não resisto a ti... e nem me lembro de ter tentado resistir...